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Diário de um Enfermeiro: Enf. Helena   
Descobre a experiência na Holanda de uma das nossas Enfermeiras 

 

É tempo de mais um “Diário de um Enfermeiro”. Desta vez, apresentamos a Helena, uma Enfermeira registrada espanhola. Desde jovem, a Helena soube que queria estudar Enfermagem. Em 2019, juntou-se ao programa EMTG e depois de três meses na Academia Neerlandesa, começou a trabalhar na Holanda, na zona de Haarlem, numa instituição de apoio domiciliário. Os seus colegas reconhecem-na pelo seu profissionalismo e descrevem-na como uma Enfermeira carismática, positiva e que trabalha em equipa. Nesta entrevista, a Helena partilha como foi a sua experiência de chegar a um novo país, aprender um novo idioma e adaptar-se a um novo trabalho.  

enfermeira registrada

Sobre ti 

Qual o teu nome e idade?  

Helena Quintana Del Rosario, 24 anos. 

De onde és? 

Eu sou das Ilhas Canárias, em Espanha. 

Em qual Universidade te formaste? 

Universidade de Las Palmas de GranCanaria. 

Porque decidiste ser Enfermeira? 

Sempre tive muito respeito pelos profissionais de saúde e pelo poder que eles têm para ajudar os outros. 

Ser Enfermeira registrada  na Holanda 

Vives e trabalhas na Holanda desde quando e onde estás a trabalhar? 

Mudei-me para a Holanda em dezembro de 2019 e desde então trabalho em Zandvoort, perto de Haarlem, na província de Noord-Holland. 

Quais são algumas das tuas funções num dia normal de trabalho?  

Atualmente, trabalho em apoio domiciliário como Enfermeira Registrada. Quando chego ao trabalho, eu e os meus colegas conversamos sobre os rotas, lemos os relatórios e preparamos o material de que precisamos. A minha rota começa às 7h30, no turno da manhã. Os cuidados prestados variam: ajuda na higiene pessoal, transferências e técnicas, injeções intramusculares, administração de medicamentos e insulina, cuidados de feridas, curativos compressivos, inserção de cateteres vesicais, cuidados com estomas e nefrostomias, entre outros. Além disso, fazemos trabalhos administrativos, organização de horários e rotas, avaliação de qualidade, reuniões interdisciplinares … 

Há diferenças entre o teu trabalho na Holanda e em Espanha? 

Sim, ao longo deste ano, encontrei pequenas diferenças. Ao nível relacional, os holandeses têm uma forma diferente de se relacionar, mas também tenho encontrado muito carinho no trabalho. Outras diferenças prendem-se com os protocolos de técnicas de Enfermagem como, por exemplo, a não utilização de desinfetante para injeções intramusculares. Pessoalmente, continuei a fazer como aprendi em Espanha. Comento sempre com os meus colegas quando vejo alguma diferença deste género e é uma partilha de ideias muito interessantes. Trabalhamos para alcançar resultados e a opinião de cada um é sempre valorizada. Os holandeses valorizam muito o feedback e geralmente gostam muito de ouvir o nosso ponto de vista sobre como a prestação dos cuidados pode ser melhorada. 

O que gostas mais no teu trabalho?   

O que eu gosto mais no meu trabalho é ter autonomia para tomar decisões e a relação que se estabelece com os pacientes. Claro que, no início, tive colegas que me acompanharam. Isso para mim, como profissional num novo país, foi muito importante. Para além disto, a estabilidade laboral que existe na Holanda permite realizar o nosso trabalho com maior tranquilidade. 

 

 

                 

 

             Por um lado, o que eu gosto mais neste país é a liberdade, tanto de ação como de pensamento.

 

 

 

 

 

 

Trabalhar no estrangeiro 

 

Quando e por que razão decidiste trabalhar como Enfermeira na Holanda? 

No verão de 2019, decidi que queria trabalhar no estrangeiro devido à pouca estabilidade que encontrei no mercado de trabalho em Espanha. Os contratos que tinha tido eram curtos e, quando eu estava finalmente confiante com as minhas funções, o contrato terminava. Já tinha visitado a Holanda e, muito pela sua riqueza cultural e qualidade de vida, esta foi a minha primeira escolha. 

Qual ou quais são os maiores desafios de se trabalhar como Enfermeira registrada no estrangeiro? 

Esta é uma pergunta muito pessoal porque pode variar muito de uma pessoa para outra, mas acho que uma coisa que muitas pessoas concordam é a adaptação à nova cultura como, por exemplo, o facto dos holandeses serem pessoas muito honestas e diretas! Outras coisas que pesam são o idioma, a falta de família e amigos e a descoberta de uma nova rede de apoio num país novo. No meu caso em concreto, ainda não senti que o idioma fosse um problema. Cheguei com um bom nível de holandês depois do curso em Javea [Academia Neerlandesa] e durante todo este percurso recebi muita ajuda dos meus pacientes e colegas. Quanto à família e aos amigos, tenho conseguido relacionar-me com novos amigos que conheci este ano e que compreendem o que sinto porque passaram pela mesma situação. 

Quais são as vantagens de trabalhar no exterior tanto ao nível profissional como pessoal? 

Como já referi, um dos maiores benefícios é a estabilidade laboral e, portanto, a economia. Outro aspeto que me motivou a emigrar foi a possibilidade de progressão na carreira e na formação enquanto Enfermeira. Na Holanda, existem várias especialidades de Enfermagem que, infelizmente, ainda não são reconhecidas em Espanha. 

 

Holanda 

Como é a tua vida na Holanda? O que fazes nos teus tempos livres? 

Eu gosto da minha vida aqui! Sinto que tenho minha independência e que amadureci muito ao longo deste ano. No meu tempo livre costumo estar com os meus amigos, praticar desporto e viajar. Este ano, apesar da situação, pude aproveitar e visitar vários locais. 

O que gostas mais na Holanda? 

Por um lado, o que eu gosto mais neste país é a liberdade, tanto de ação como de pensamento. Por outro lado, são as suas tradições e o multiculturalismo que existe aqui. 

Quais são os teus objetivos futuros para a tua carreira profissional na Holanda? 

A curto e longo prazo os meus objetivos são, respetivamente, melhorar o holandês e ganhar experiência para fazer uma especialidade. 

 

Mensagemaos Enfermeiros 

O que gostavas de dizer aos Enfermeiros que  estão a pensar em trabalhar no estrangeiro?  

O meu conselho aos Enfermeiros que estão a considerar esta aventura é que pensem a sério em como fazê-lo. Mudar para um novo país é complexo, portanto sejam realistas quanto a isso. Vejam as possibilidades e o que é preciso para iniciar este projeto e, talvez ainda mais importante, tenham confiança em vocês mesmos. Lembrem-se que têm de estudar para aprender um novo idioma. Muito coragem a todos! 

 

Para saberes mais sobre a experiência da Enf. Helena segue a nossa página do Instagram onde mostramos como é um dia na vida de um Enfermeiro na Holanda: 

https://www.instagram.com/p/CKMGVpXpIHl/ 

Na EMTG, estamos sempre à procura de receber novos profissionais para o setor de saúde holandês. Se tu, tal como a Helena, tens interesse em trabalhar na Holanda, entre em contato connosco. Podes também consultar as nossas páginas no LinkedIn, Youtube e Facebook para saberes mais sobre o programa EMTG e obteres uma visão geral do que temos para te oferecer.  

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