Mentora em destaque – Ellis
Hoje damos a conhecer a mentora Ellis! A Ellis tem uma alma aventureira e isso fez com que decidisse trabalhar no estrangeiro. Neste momento, regressou ao seu país de origem e está a apoiar os profissionais de saúde da EMTG ao longo do seu primeiro ano na Holanda.
A Ellis começou a sua carreira como Enfermeira. Por ter trabalhado noutros países da Europa, compreende como é trabalhar em diferentes sistemas de saúde e com um idioma diferente. Isso ajuda-a a se colocar no lugar dos profissionais de saúde da EMTG e permiti-lhe uma maior abertura para os orientar. Nomeadamente, através do processo de adaptação à língua, cultura e ambiente de trabalho holandeses e ao mesmo tempo fazendo com que se sintam à-vontade quando passam pelo choque cultural.
Conheçam a Ellis, mentora de trabalho na EMTG
Podes falar-nos um pouco sobre ti?
Sim, vou contar um pouco sobre a minha história. Uma característica muito típica minha é que gosto muito de línguas e internacionalidade. Se eu olhar para trás, vejo que isso ajudou a traçar o meu percurso! Depois do ensino secundário, fui para os Estados Unidos para meio ano de intercâmbio. Depois decidi estudar Enfermagem e inscrevi-me numa universidade belga porque queria continuar a ter uma experiência internacional. Depois, decidi mudar-me para o sul da Holanda, para Maastricht, onde comecei a trabalhar como Enfermeira. Durante o meu ano em Maastricht, decidi aprender alemão porque queria aprender um novo idioma e pensei que isso seria uma mais-valia para me mudar para a Alemanha e ter uma experiência mais autêntica. Na Alemanha, trabalhei num hospital durante dois anos. Quis aprender novamente um novo idioma e escolhi o espanhol e, através dessa aprendizagem, cheguei à EMTG. Trabalho na empresa desde março de 2021 e gosto muito. Acho que o meu percurso me faz compreender a sensação que os Enfermeiros têm quando vêm para a Holanda.
Quanto tempo estudaste para seres Enfermeira? O que te inspirou a mudar de rumo e a trabalhar como mentora?
Estudei três anos. Quando eu trabalhava como Enfermeira, percebi que adorava orientar estudantes de Enfermagem, mas principalmente ajudar Enfermeiros internacionais. Percebi que esse era um interesse tão grande meu que me perguntei: “Não haverá algo onde eu possa conciliar a mentoria com a Enfermagem e onde possa relacionar-me com pessoas de outras nacionalidades? Existirá uma organização que recrute Enfermeiros de diferentes países para a Holanda?”. Foi aí que comecei a pesquisar na internet e encontrei a EMTG.
Quais são algumas das funções que mais gostas no teu trabalho na EMTG?
O que mais gosto é de ver as pessoas crescerem desde o momento em que as vou buscar ao aeroporto até ao momento em que deixam a EMTG e ser capaz de orientá-las em todo o processo são as pequenas coisas que dão mais satisfação. É também muito gratificante ter uma conversa com uma instituição de saúde e eles me dizerem que estão muito felizes com os nossos Enfermeiros ou então receber uma mensagem a dizer “Passei no exame B1”. Sei por experiência própria como pode ser difícil mudar para um país estrangeiro e às vezes até frustrante. Portanto, estas pequenas conquistas dão-me alegria.
Quais são os maiores desafios que enfrentas e como os superas?
O maior desafio como mentora de trabalho é ser o mediador entre as instituições de saúde e os Enfermeiros. Eu quero que eles cresçam e que ganhem autonomia, por isso procuro estar do lado deles quando necessário, mas também tenho de gerir as expectativas que as instituições têm. Por isso, tenho de garantir que os dois lados fiquem felizes e esse é o desafio, gerir a parte emocional.
Como é que garantes que os profissionais de saúde permanecem calmos durante este período crise pandémica?
É muito importante para mim sentir que eles confiam em mim. Tento vê-los pessoalmente. O contato no início é muito importante. Começo com uma reunião em grupo e depois passo para reuniões individuais para que todos os Enfermeiras tenham a oportunidade de se apresentar e falar sobre questões pessoais, se necessário.
Que conselho dás aos profissionais de saúde que se mudam para a Holanda?
Sejam o mais abertos possíveis e estejam cientes de que as coisas são diferentes em comparação com os vossos países. Diferente não significa que seja mau, simplesmente não é o mesmo. Também os aconselharia a não serem tão duros consigo próprios porque este é um grande passo. Podem ficar frustrados, mas isso é normal. Sejam gentis com vocês mesmos porque não é um passo fácil.
Vês diferenças na cultura de trabalho na Holanda comparativamente a outros países no que diz respeito à Enfermagem?
Definitivamente notei muitas diferenças. Por exemplo, na Alemanha é mais hierárquico em comparação com a Holanda. Aqui existe mais uma cultura plana, onde todos são tratados da mesma forma. O horário de trabalho também é diferente. Na Holanda podes trabalhar mais dias mas menos horas, enquanto noutros países se trabalha mais horas por dia. Demora o seu tempo para nos adaptarmos a isto tudo e os Enfermeiros não devem ser tão duros com eles mesmo. É preciso dar tempo!
Como os ajudas?
Estar lá para eles e falar com eles. Não há problema em nos sentirmos perdidos nas traduções e não sermos perfeitos porque isso faz parte do processo. Tento elogiá-los porque isso é o que mais importa. Eu quero fazer com que eles se sintam bem e acolhidos. Penso que a qualidade mais importante como mentora é ser capaz de me colocar no lugar deles. A empatia é o que os ajuda a se sentirem melhor e ter um melhor desempenho no final.
Compreendemos a importante decisão que os novos enfermeiros EMTG tomam quando decidem trabalhar num novo país com um novo idioma. Portanto, os mentores de trabalho da EMTG estão aqui para apoiar durante o programa EMTG de modo a tornar a adaptação na cultura e no trabalho mais fácil.
Para obter mais informações sobre o programa EMTG, entra em contato com os nossos recrutadores do teu país.
Se és Enfermeiro e estás à procura de novas oportunidades de trabalho na Holanda, visita as nossas ofertas de emprego.